quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Gente, minha vida tá uma loucura. Passei em um concurso e fui chamada.
Resultado: mudança total.
Trabalho em um banco, numa cidade do interior. Saio de casa às 7h e só chego às 19h. Morta, só pensando em dormir. O tempo que me resta eu dou total atenção a Davi. Total.
No começo, sofri demais. Só que pelo jeito ele não sofreu nadinha. Está super bem, adaptado.
Trabalhar está sendo bom. Sei que é uma questão de tempo eu começar a me estressar porque a viagem é muito cansativa. Não tenho tempo de mais nada. Só posso pedir transferência daqui a um ano.
Tô nessa. Feliz, feliz, feliz. E com um dinheirinho no bolso, né?

Beijos do tamanho da minha saudade

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Estar longe é ruim.
E é bom.
Pela primeira vez em um ano, pude me voltar pra dentro.
E gostei.
Gostei de sair pelas ruas movimentadas e ter que olhar para os dois lados porque não tenho sua mão para me conduzir.
Gostei de apagar a luz na hora que eu quero dormir. Sem nenhuma negociação.
Gostei de ter o controle remoto nas mãos.
Nas minhas mãos.
Mas falta você.
Falta, principalmente,aquilo que construímos.
Falta nosso filho.
E falta as brigas pra saber quem acorda quando Davi acorda.
Quem troca a fralda quando o filme está na melhor parte.
Aliás, falta assistir um filme do começo ao fim.
Falta a falta de tempo.
Falta o barulho.
Falta o amor.
Eu estou aqui. Longe de vocês.
Eu estou aqui.
Por vocês.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Gente,
minha vida está uma loucura.
passei em um concurso e fui chamada para fazer os exames admissionais...fiquei cinco dias fora de casa (o exame é em outro estado0 longe do meu fofinho, ainda assim tô estudando pra outro concurso e estou sem tempo nenhum.
mo meio disso tudo, ainda teve a festinha de meu Vivi. Vocês não têm noção! Tudo muito fofo, aconchegante. Foi um almoço pra 50 pessoas, mas teve bolo de aniversário, brigadeiro, tudo, tudo. Foi um clima muito gostoso.
Meu filhão tá super fofo, arteiro, inteligente, mas ainda não quer andar! Fica em pé, se segura nas coisas, mas está sem coragem.
Quer saber? Ele vai saber a hora certa.
Mas que ele já tá com cara de menino grande já está...
Ai meu Deus, o tempo passa muito rápido...
Bjos amadas.

Clarinha, vc recebeu minhas fotos?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Há um ano eu estava com um frio na barriga incontrolável. Há um ano, eu estava com uma serenidade diferente, uma força, uma preocupação apenas com você. Nenhuma dor que eu sentisse, me daria medo.
Há um ano, eu falei para seu pai “se alguma coisa me acontecer, não desampare minha mãe”.
Há um ano, falei para sua avó que “se alguma coisa me acontecer, nunca desampare Namorado. Faça de tudo para que ele siga em frente”.
Graças a Deus, eu estou aqui.
E você nasceu. Em meio a muita anestesia, muitas imagens desconexas, a coisa que mais tenho forte dentro de mim é o seu choro forte e decidido e seu rostinho encostando no meu.
A partir daí tudo em mim mudou. Costumo dizer que quem nasceu no dia 27 de agosto de 2010 fui eu. Nasceu a mãe insegura, nasceu a mãe apaixonada, nasceu a mãe que coloca qualquer coisa em último lugar, exceto você.
Você é o meu maior amor, o meu maior presente. Você justifica a minha existência, a minha vontade de viver.
Você veio pra essa vida para me ensinar.
Todos os dias, você me ensina que eu tenho que ter o meu melhor sorriso às 5h da manhã porque você não tem culpa se a mamãe gosta de dormir até tarde.
Passei a perceber mais as pessoas ao meu redor. Você olha as pessoas nos olhos, observa cada detalhe e depois abre o sorriso mais lindo do mundo. Às vezes noto que a pessoa está meio triste, cansada, mas ao ver seu sorriso muda de semblante.
Claro que existem pessoas de alma ruim – e se é uma coisa que a vida vai te ensinar filho, é que existem pessoas assim. Você sorri, sorri, mas nem te olham. Sabe o que eu acho lindo? Você continua sorrindo e buscando o olhar da pessoa. Você faz a sua parte.
E você se encanta todos os dias. Se encanta com um avião, se encanta com o mar. Se encanta com os brinquedos no parque.
E você sorri e sorri e sorri.
E se é uma coisa que escuto demais dos que te conhecem é o quanto você é feliz. Isso me enche de alegria.
Porque o que eu posso te desejar na vida meu filho, é felicidade.
Não aquela felicidade gratuita que só existe nos filmes, e sim, a felicidade como estado de espírito.
A felicidade em saber que a vida muitas vezes não será generosa, mas você terá sempre uma família ao seu lado, te amando desse jeitinho fofo que você é, respeitando suas escolhas e caminhando ao seu lado.
Eu e seu pai queremos muito estar sempre assim: caminhando ao seu lado.
Dana,
que susto você passou. E o pior é não ter controle total da situação, né? Porque só rezando para que Deus interceda e tire de dentro do coração dela qualquer sentimento em relação a ele.
Espero que tudo se acalme, que ela volte pra pertinho de você e que isso tenha sido apenas um episódio ruim e que fique no passado.
Força viu?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Daí que na sexta-feira (dia 30/07) tive uma dia delicioso. Saí de casa logo cedo pra resolver uns problemas nos banco e só voltei à noite. Com direito a almoço com Namorado e cineminha no final da tarde (Cilada.com que não gostei).
Estava me sentindo leve e com o sentimento de culpa beeeeeeem fraquinho.
À noite fomos dormir como sempre. Lá pela meia-noite,1h da manhã, Davi vomitou. Muito. Acordei com um salto. Coloquei ele na nossa cama para monitora-lo. Vomitou novamente. Fiquei louca. Namorado disse que sou paranóica e que ele tinha comido algo que não fez bem. Como passei o dia fora, não poderia saber ao certo o cardápio mas sempre deixo as instruções do que dar no almoço, lanche, essas coisas. Só se as empregadas mudaram algum alimento...
Não dormi velando o sono dele. E ele vomitou e vomitou e vomitou. Quando deu 5h da manhã não aguentei. Disse a Namorado que levaria Davi para a urgência de qualquer jeito.
Davi estava com uma virose. E foram os momentos mais dificeis de toda a minha vida. Por ser gordinho e estar desidratado (mãe de primeira viagem que não sabia que vomitou tem que resolver logo) as enfermeiras não conseguiam achar a veia. Ele chorava, gritava;várias pessoas tendo que segura-lo, inclusive eu. O pai passou mal, quase desmaia. Teve que se sentar. E eu, rezando, acarinhando, sofrendo.
Ele saiu no final da tarde. Ainda vomitou umas duas vezes em casa. Liguei para a pediatra, me senti mais amparada e fiquei monitorando.
Namorado acabou baixando a imunidade e, a gripe que queria chegar, chegou chegando. Eu e minha mãe nos revezamos. Noites de vigília.
No Domingo, na hora do almoço, me senti um pouco estranha. Uns 15 minutos depois, comecei a vomitar. E vomitar e vomitar. Minha sogra me aplicou um remédio (ela é enfermeira) mas não adiantou. Quiseram me levar para o hospital, mas só em pensar que sairia de perto de Davi, vomitava ainda mais. Acabei indo para a urgência às 22h quando tive certeza que ele estava bem, dormindo e cuidado por minha mãe.
Nada foi diagnosticado. Nenhuma virose.
Acredito que o que eu tive mesmo foi pavor. Dor da forma mais profunda. Pânico. Davi é meu mundo, meu tudo, minha vida. Preferia que cortasse minha pele, me batessem, me machucassem a ver meu bebê passando o que passou.
Mas não será a única vez, né?
É o início da vida. Daqui a 15 dias ele fará um ano. E isso tudo foi a mostra de que ele está deixando de ser meu bebê e está se tornando do mundo. E o mundo é bom, e o mundo dói.
Nisso tudo, ficamos mais unidos, mais apegados. Não sei dizer como, nem se isso poderia ser possível, mas estamos.
E, cada dia mais, percebo que essa viagem da maternidade é sem volta.
E agradeço a Deus por isso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Eu não tenho culpa.
Eu não posso mudar o mundo.
Eu sou responsável APENAS pelos meus atos e meus sentimentos.
Eu preciso ser forte.
Eu sou mãe.
Eu preciso ser forte.
Eu não posso ser usada e nem manipulada.
Eu vou superar.